Read this issue in English
14. Introdução
Eu VIBRO na mais pura harmonia musical por te encontrar novamente, leitor!
"E aqueles que foram vistos dançando foram considerados loucos por aqueles que não podiam ouvir a música."
Nietzsche disse muitas coisas pessimistas e tristes ao longo de sua vida, mas esta citação traz à tona um paradoxo inquisitivo que pode muito bem resistir a todas as provas do tempo.
Esta não será uma publicação muito comum.
Também é uma baita de uma leitura longa, mas espero que você cole por perto até o final.
Começa estranho, mas cresce em intensidade.
Assim como qualquer música boa.
Porque aquilo que é novo, estranho, desconhecido, misterioso ou incomum não é necessariamente ruim ou bom.
Representa em realidade, uma descoberta nova e neutra que está pronta para ser avaliada, julgada e posteriormente adotada ou descartada.
Isso é o que chamamos de “Juízo de Valor”
David Hume, um filósofo escocês do século XVIII, argumentou que os julgamentos de valor não são objetivos ou lógicos, mas sim subjetivos e baseados em preferências e emoções individuais.
Isso essencialmente significa que, na visão de Hume, os julgamentos morais ou avaliativos são baseados em nossas paixões e desejos individuais, em vez da realidade objetiva em nossa volta.
Tendo isso em mente, vou dar início à edição Zéfiro, que trata tanto de música quanto de uma brisa suave e refrescante, já que as ondas sonoras transitam pelo ar.
Você já ta conseguindo sentir ou ouvir?
O termo "Zéfiro" vem do deus grego Zéfiro, que representava o deus do vento oeste. Na mitologia, Zéfiro era frequentemente representado como uma divindade gentil e benevolente, e seu vento era conhecido por trazer flores e outros sinais da primavera.
🌬️🍃
14.1 A Realidade Objetiva
Para os olhos certos.
A primeira vez que vi esses gráficos, eles confirmaram objetivamente (por meio de dados recentes e ciência) muitas hipóteses diferentes que eu tinha sobre a realidade ao nosso redor.
Esse material foi visto pela primeira vez no Not Boring Substack por Packy McCormick, especificamente na Weekly Dose of Optimism #40
Um axioma é uma declaração ou proposição que é considerada estabelecida, aceita ou autoevidentemente verdadeira.
E todos podemos concordar que a informação que consumimos dita como vemos o mundo ao nosso redor.
A sociedade consome principalmente informações por meio das redes sociais nos dias de hoje, mas as notícias e o jornalismo são as principais fontes de informações factuais. O verdadeiro objetivo de um jornalista é ser o veículo entre os fatos reais e a verdade neutra e objetiva, mas isso não está acontecendo como deveria.
Os gráficos acima analisam, por meio da inteligência artificial (modelos de linguagem Transformer), o sentimento geral que as manchetes têm transmitido para nós ao longo das últimas duas décadas.
Podemos observar que sentimentos negativos como tristeza (sadness), medo (fear), raiva (anger) e repulsa (disgust) têm crescido agressivamente em predominância.
Por quê? Porque eles vendem mais. Eles capturam a atenção ao induzir ansiedade e geram lucro por meio de propagandas.
Enquanto isso, manchetes otimistas e neutras têm visto um declínio desde então. (Isso foi antes da COVID-19, imagina só como esses números seriam hoje?)
Isso essencialmente significa que a informação que nos chega já passou pelo julgamento de valor de outras pessoas e instituições. Elas são tendenciosas quando não deveriam ser, em primeiro lugar.
Essa falta de neutralidade cria uma dicotomia perigosa e preocupante, onde, como resultado imediato, vemos uma polaridade de extremismo nas opiniões, levando as pessoas a ações extremas, ódio, falta de inclusividade e supressão de minorias.
Um engenheiro elétrico diria que cargas opostas se atraem, fazendo com que suas forças atuem na mesma direção.
Isso poderia ser chamado de Lei da Atração.
Na ciência, se relaciona com o Eletromagnetismo.
Na filosofia, a Lei da Atração sugere que pensamentos positivos trazem resultados positivos para a vida de uma pessoa, enquanto pensamentos negativos trazem resultados negativos.
Na psicologia, Carl Jung diria:
Quando alguém demonstra unilateralidade, é um indício de que essa pessoa pode carecer de refinamento cultural ou sofisticação, e que possa estar agindo de maneira primitiva ou incivilizada.
Em outras palavras, ele sugere que a falha em considerar múltiplas perspectivas ou abraçar a complexidade pode ser uma característica de comportamento incivilizado ou bárbaro.
Esta é a nossa realidade objetiva na data em que esta edição é publicada; é bipolar e, independentemente dos dados científicos apresentados acima, pode ser completamente negligenciada por alguns porque, como disse Hume, um julgamento de valor é baseado em preferências e emoções individuais.
De repente, escutamos alguém gritar em puro tom de raiva raiva: "Quem é o culpado por deixar tal realidade se desdobrar?"
Culpa?
Absolutamente ninguém é culpado.
Delegar culpa e criticar é um atalho fácil para se absolver da responsabilidade de agir.
Os zéfiros fluem em uma brisa suave e impulso criativo porque tentar encontrar um antagonista, delegar culpa e culpar os humanos por serem imperfeitos ou pensarem de maneira diferente é contraproducente e sem sentido algum. É como tentar apagar um incêndio despejando gasolina nele.
Não há absolutamente tempo algum para pensar sobre responsabilidade se estivermos ocupados demais pensando em criar soluções sustentáveis para resolver problemas insustentáveis provenientes das metacrises ao nosso redor.
O Retorno de Reinhardt - Um Conto Sobre Liderança
No chão, Reinhardt parecia ter retomado sua consciência acerca do que estava realmente acontecendo. Em um completo eco sonoro e turva visão, um arranho agudo rugia ao redor de sua mente enquanto poeira e estilhaços se espalhavam para todo lado. A granada de pulso havia explodido perto da sua trincheira e o impacto da explosão derrubou não só ele mas também projetou seu capacete que foi diretamente ao encontro de uma coluna que se despedaçou em estilhaços que choveram em seu rosto.
Conforme recuperava sua audição, começava a ouvir o som de tiros, ordens de recuo, explosões e chegou à imediata conclusão que aquele momento havia se aproximado antes do que ele esperava. Em um instante de hiperfoco, tudo ao seu redor congelou e passou a lembrar do motivo pelo qual havia se aliado à Porpax, vislumbrou as memórias com sua filha, repassou um momento da sua infância onde a vida era leve, a paz reinava entre os impérios e as pessoas abundavam fortúnio e colaboração. Em um backflip mental, foi do passado ao futuro e começou a visionar a consequente e fria distopia que ele estava prestes a deixar se formar caso não resistisse à aquele ataque surpresa do inimigo ao seu pelotão.
Tomado por um choque desfibrilante no coração, caiu de volta ao presente. Retomou o equilíbrio e se ajoelhou com um dos punhos no chão enquanto fechava e abria o outro, sentindo o mais completo controle de cada terminação nervosa do seu corpo, seus batimentos cardíacos aumentaram de ritmo e as suas glândulas suprarrenais liberaram uma forte dose de adrenalina pela corrente sanguínea que o fez sentir todo o seu treinamento vir à tona. Em um instante olhou ao redor e mapeou a sua estratégia para os próximos instantes, mas antes de agir, olhou para baixo e fechou os olhos. Tudo se escureceu, o som dos tiros parou e uma música começou a tocar com a maior harmonia que já foi capaz de sentir, tomado por uma inspiração catártica, abriu os olhos e viu milhares de notas musicais de todos os tamanhos flutuando ao redor daquele cenário de conflito enquanto exalavam o brilho do mais puro dos azuis cianos.
Em uma ágil ascenção, pegou o bastão de escudo defletor das mãos do seu colega abatido, ativou o dispositivo e uma barreira azul semitransparente em forma de losango surgiu em seu braço. Com o tronco inclinado, correu pela trincheira, atravessando um clave de sol e outras notas enquanto desviava dos obstáculos com os mais ágeis dos pulos kickturn. Subiu o enclive no final da trincheira e de um lado viu seus aliados recuando pelas ruas daquela cidade mal iluminada por chamas enquanto do outro, viu um campo aberto com diferentes esquadrões dos inimigos avançando em completa sinergia à algumas jardas de distância. Imediatamente se ajoelhou e se enraizou ao chão como um colosso de pedra, cobrindo todo o seu corpo com o escudo e começando a receber incontáveis números de tiros que eram refletidos e se transformavam em mais e mais notas músicais no impacto.
Fechou o olho e provocando uma anomalia no tempo, mergulhou completamente na música, flutuando por aquelas palavras na dimensão de sua mente que muito diziam acerca da vida e daquele instante.
“E agora, o fim está próximo e então eu encaro o último ato, meu amigo, vou falar claro, vou expor meu caso, do qual estou certo, eu vivi uma vida completa, eu viajei por toda e qualquer estrada, e mais, muito mais que isso, eu fiz isso do meu jeito.”
Enquanto mergulhava mais fundo, Reinhardt se perdia completamente naquela sinfonia perfeita. O som do saxophone se intensificava, a trompa soava aveludada, o piano cativava e o coração se fortalecia com a coragem de todos os músicos enquanto apartava qualquer medo para longe.
“Arrependimentos, tenho alguns, mas por outro lado, muito poucos pra citar, eu fiz o que eu tive que fazer, e continuei fazendo sem exceção. Eu planejei cada curso traçado, cada passo cuidadoso ao longo da trilha, sim, houve momentos, tenho certeza que você soube, quando eu mordi, mais do que podia mastigar, mas acima de tudo, quando havia dúvida, eu devorei e cuspi, enfrentei tudo isso e continuei de pé, e fiz isso do meu jeito.”
Se sentia como se sua vida houvesse atingido o momento de mais pura e leve unidade, pois tudo que podia haver feito, o fez. Sabia em seu âmago que aqueles que tentou salvar, foram salvos no fim, aqueles que tentou amar, se sentiram amados enfim, aqueles que tentou saciar se sentiram aliviados ao final e aqueles que tentou ensinar, aprenderam sem igual.
“Eu amei, ri e chorei, tive minhas conquistas, minha parte de perdas, e agora, enquanto as lágrimas cessam. Eu acho tudo isso tão divertido”
O tempo passava como em um relógio quebrado e com seus olhos cerrados, não sabia dizer se viveria para sempre aquela música ou se quando abrisse os olhos, teria que enfrentar seu fim. Conforme a música terminava e o vocal se escondia, lembrou que aquela faixa era apenas uma das várias que viviam dentro dos vários discos que habitavam seu coração. Abriu seus olhos e todas as notas cintilaram um último brilho antes de desaparecerem por completo enquanto percebia que muito tempo havia se passado. Olhou ao redor e viu que nenhum inimigo restava, pois em um completo ato de inspiração e honra, seu pelotão havia feito uma formação ao seu redor e resisitdo à aquele ataque que eliminou todas as ameaças.
14.2 Zéfiros
E um pouco de hermenêutica por trás das letras das músicas.
*Exala
Ufa.
Essa história prepara o terreno e os instrumentais para o tema principal desta edição.
MÚSICA!
Alguém disse uma vez:
“A música é uma lei moral. Ela dá alma ao universo, asas à mente, voo à imaginação, e encanto e alegria à vida e a tudo.”
HABLOUUU, Platão!
O conceito de um Zéfiro está intrinsicamente relacionado à música porque, em tempos de incerteza, obstáculos, crise e caos no mundo externo, todos precisamos encontrar nossa própria fonte de paz interior e inspiração para continuar avançando.
Suas músicas favoritas são sua verdadeira armadura contra distração, pessimismo e falta de ideias, porque representam a história de seres humanos reais que traduziram sua existência em composições musicais.
Esses heróis buscaram o sonho de contar suas histórias e expor seus passados por meio de músicas para fazer as pessoas se sentirem representadas, para fazer as pessoas... dançar, pular, chorar, gritar, se elevar... VIVER!
O primeiro músico que trarei para esta edição é o exemplo mais ABSURDO de resiliência humana na música que eu poderia pensar.
Qualquer pessoa familiarizada com a internet conhece esse cantor britânico ou já se deparou com um vídeo musical muito específico que ele fez no início de sua carreira.
Ele se tornou um fenômeno global nos anos 2000 devido ao surgimento dos memes da internet. O que uma vez chamamos de trolls da internet começaram a postar links para o que afirmavam ser uma informação "secreta" ou "exclusiva" online. No entanto, quando os usuários clicavam no link, eram redirecionados para o videoclipe desse cantor, sendo eternamente... Rickrolled.
A essa altura, você provavelmente já sabe de quem estou falando.
Rick Astley
E a verdadeira resiliência de um artista.
1.053.941 Seguidores no Spotify
6.662.714 Ouvintes Mensais Spotify
Imagina só.
Em determinado momento, você decide seguir uma carreira musical.
Você lança algumas músicas, mas ninguém realmente se importa com elas.
Até que, de repente... sua faixa mais recente se torna um sucesso global.
Não necessariamente porque é boa, mas porque as pessoas ao redor do mundo transformaram isso em um meme da internet e zombaram dela.
O que você faria, Leitor?
Voltaria no tempo e impediria seu eu do passado de jamais fazer aquela música?
Ouviria um crítico dizendo: "Ele não é feito para isso, deveria mudar de carreira" e desistiria do seu sonho?
Claro que não little bro.
De maneira alguma little sister!
Você ouviria o título da sua própria música e dançaria no seu próprio ritmo.
VOCÊ NUNCA DESISTIRIA!
Três décadas depois, lá está você, lutando a boa luta e produzindo um apaixonante pop gospel.
Rick Astley é um gênio contemporâneo por sua persistência.
Bravo, Sr. Astley, você é eterno. 😎
A esperança é para os esperançosos
É um sonho que nunca morre
Seguro é para os fiéis
Eu vejo isso nos seus olhosE eu tenho anjos do meu lado
Eu tenho anjos voando alto
E tudo ficará legal
Porque eu tenho anjos do meu lado
Na moral, você consegue quantificar o quão otimistas são essas letras?
Porque é difícil manter as promessas
Eu fiz quando eu era forte
E agora eu estou assombrado pelo seu fantasma
Quão quase impossível pode ser cantar sobre um coração partido com um crescendo de esperança e energia?
Led Zeppelin
E o hino do rock’n’roll
13.310.425 Seguidores no Spotify
18.638.061 Ouvintes Mensais no Spotify
Eu não me sentiria bem abordando o gênero do Rock sem primeiro falar sobre o Led Zeppelin.
Estamos por volta das décadas de 1950 e 1960, quando começamos a ver um novo gênero tomando forma e combinando estilos como blues, country e gospel em locais como casas de shows, bares e salões de baile, principalmente nos Estados Unidos e no Reino Unido.
Essa fusão de ritmos e instrumentos começou a ser chamada de "Sessões de Rock and Roll" para descrever exatamente o que representava: "agitar, perturbar ou incitar movimento".
Avançamos agora para 1970.
Robert Plant, o vocalista da lendária banda de rock inglesa Led Zeppelin, estava sentado perto de uma lareira em uma casa de campo no interior da Inglaterra, e em uma única tarde, ele escreveu a letra para o riff icônico que Jimmy Page, o guitarrista da banda, havia composto algum tempo antes.
Em uma entrevista para o livro 'Stairway to Heaven: Led Zeppelin Uncensored', de Richard Cole, Robert Plant relatou que foi inspirado pela beleza natural ao seu redor e, acredite ou não, pela mitologia de "O Senhor dos Anéis" de Tolkien.
Algum tempo depois, em janeiro de 1971, eles lançaram o quarto álbum de estúdio da banda, 'Led Zeppelin IV', e rotularam aquela faixa como 'Stairway to Heaven', que rapidamente se tornou uma das músicas mais populares e duradouras na história da música rock.
Entre tantas camadas de significado por trás dessa música de 8 minutos, eu preciso destacar o último verso para você, leitor.
No entanto, você deveria ouvi-la primeiro.
E se você ouvir com muita atenção
A melodia chegará até você finalmente
Quando todos são um e um é tudo
Ser uma rocha e não rolar
“E se você ouvir com muita atenção, a melodia virá até você no final."
A música do Led Zeppelin era tradicionalmente vista como incongruente com a divindade; essa música em si manifesta precisamente sua mensagem de que Deus se apresenta em formas que a sociedade pode não reconhecer rapidamente. Nossa jornada espiritual é pessoal, e o caminho de cada pessoa é único. No fim das contas, nos leva a discernir o significado, em relação às nossas vidas, na transformação e na revelação pessoal.
“Quando todos são um e um é tudo, sim, ser uma rocha e não rolar" - O ponto principal da música. Afirma que devemos ser firmes (rochas) e não vacilar (rolar). “Ser uma rocha e não rolar' é um trocadilho com 'rock and roll”
Eu preciso repetir isso, leitor.
Uma música de Rock and Roll que diz 'ser uma rocha e não rolar'?
Robert Plant quebrou a matriz.
"Stairway to Heaven" é um brilhante trocadilho sobre seu próprio estilo musical.
Simplesmente porque...
Em meio a tantas mensagens e instrumentais catárticos, a verdadeira mensagem de Plant na música mais famosa da banda era apenas uma.
Unidade.
Xeque-mate, Sr. Plant. 👏
Oasis
E a maior polaridade na música.
8.574.700 Seguidores no Spotify
18.740.139 Ouvintes Mensais no Spotify
Eu tenho que trazer o Oasis para a mesa não apenas porque é uma banda tatuada no meu coração, mas precisamente porque Liam e Noel Gallagher são uma representação perfeita do que acontece quando dois opostos são capazes de colaborar.
Qual é a de um duo de irmãos trabalhando juntos que torna possível criar música que inspira uma geração inteira? A música do Oasis capturou o espírito dos anos 90 e, por meio de melodias cativantes, um som impulsionado pela guitarra e letras grandiosas, deu voz às esperanças e sonhos deles, é por isso que são lembrados como uma banda que fez música para uma geração.
Cada irmão tem seu próprio gênio, eles são magnéticos e supersônicos! Ao ponto em que tiveram um desentendimento em 2009 e separaram a banda, ficando em hiato até hoje. Juntos, eles fazem música para gerações; separados, seguem suas carreiras solo com um impacto nem de perto comparável ao que tinham quando estavam juntos.
If this message ever reaches one of the brothers... Pelo amor de Deus, vocês, cabeças duras, façam as pazes logo, o mundo precisa da sua música. Ou não... tanto faz. Estou brincando. Escutem. Na verdade, EU IMPLORO para que lancem o Oasis 2.0 (ou talvez chamem de Zephyr, hehe).
Tudo o que sabemos é que nós não sabemos
Como isso vai acontecer
Por favor, irmão, deixe acontecer
A vida por sua vez
Não vai nos deixar entender
Que somos todos parte do plano-mestre
“Que somos todos parte do plano-mestre”
"The Masterplan" é um hino poderoso porque, com poucas palavras, consegue abranger tantos aspectos da vida, que por si só é uma jornada longa e complexa. Afirma que, independentemente de todas as análises que tentamos fazer, confiar verdadeiramente no plano mestre retira todo o peso de existir dos nossos ombros e nos dá a oportunidade de aproveitar a vida. Dançar!
Diga isso alto e cante isso com orgulho hoje
Eu não estou dizendo que o certo é errado
Cabe a nós fazermos
O melhor de todas as coisas que cruzarem nosso caminho
Porque tudo o que tem acontecido, passou
A resposta está no espelho
“A resposta está no espelho” ou “The answer’s in the looking glass”
Pode muito bem ser uma referência ao livro de Lewis Carroll 'Através do Espelho, e o Que Alice Encontrou Por Lá', publicado em 1871, e que criou o significado de 'o oposto do que é normal ou esperado'
Eu implorei meu senhorio por mais um tempo
Ele disse: Filho, as contas estão esperando
Meu melhor amigo me chamou ontem a noite
Ele disse: Cara, você é louco?
Minha namorada me disse para ganhar a vida
Ela disse: Garoto, você é preguiçoso
“The Importance of being idle” é uma música que vai contra muitos paradigmas da vida atual. Em uma realidade onde todos estamos nos empurrando ao limite, sendo extremamente exigentes conosco, nossos estudos, nosso trabalho e nossa saúde... O que realmente significaria ser ocioso? Está errado ficar ocioso se você precisa de um tempo tranquilo para compreender melhor seus objetivos? Novamente, está realmente errado ou apenas parece errado?
Eu não me importo
Contanto que eu tenha uma cama abaixo das estrelas que brilham
Eu ficarei bem
Se você me der um minuto
Um homem tem seu limite
Eu não posso ter uma vida se meu coração não está nela
“Contanto que eu tenha uma cama abaixo das estrelas que brilham”
Essa conexão perfeita com a natureza prepara o cenário para imaginarmos que, desde que ainda possamos sonhar e nos maravilhar com as estrelas, não importa em que condições estamos vivendo a vida. Perca sua capacidade de encontrar beleza e sonhar, perca sua capacidade de viver.
“Eu não posso ter uma vida se meu coração não está nela”
Qual é exatamente o propósito de estar cercado por pessoas e coisas que nem mesmo fazem sentido para você? Não seria mais eficiente, como um ermitão sábio, se recolher e descansar com calma e tranquilidade até entender o que realmente deseja alcançar com sua vida?
Linkin Park
E a morte de um messias contemporâneo.
23.281.244 Seguidores no Spotify
35.464.090 Ouvintes Mensais no Spotify
Sim, você leu corretamente. Eu disse, Messias.
Chester Bennington foi um verdadeiro messias para mim e para muitos, muitos, muitos, incontáveis centenas de milhões de pessoas. Eu sei disso da mesma forma que sei que a chuva deixa as coisas molhadas.
Talvez seja um julgamento de valor meu.
Chester Bennington, vocalista da banda de nu-metal Linkin Park, foi encontrado morto em sua casa na Califórnia na manhã de quinta-feira, 20 de julho de 2017. A causa aparente foi suicídio - por enforcamento. Bennington tinha quarenta e um anos e é sobrevivido por sua esposa e seis filhos.
The New Yorker
Chester lutou contra a depressão ao longo de toda a sua vida e perdeu a batalha ainda muito jovem. Uma perda enorme para a humanidade. (Como James Gandolfini, mas no contexto da dramaturgia.)
Chester era conhecido por cantar como um anjo e gritar como um demônio. Precisamente porque encontrou no processo de fazer música um remédio para sua dor incessante.
Ao lado de seu parceiro, Mike Shinoda, eles escreveram algumas das músicas mais ouvidas na história da humanidade. As letras dessas músicas traduziam uma angústia profunda e ressoavam com um número incalculável de reproduções, ajudando pessoas ao redor do mundo a reconciliar-se com sua própria dor.
Você consegue imaginar quantas pessoas foram salvas pelas músicas do Linkin Park?
Mas, ao contrário do que se acredita comumente, e embora Chester tenha cometido suicídio, a razão foi algo que ninguém ousaria assumir a responsabilidade.
Porque músicos e seus fãs são um só.
Mas os fãs são humanos e, às vezes, os humanos têm alguns critérios estranhos por trás de seus julgamentos de valor.
O ano é 2017 e o Linkin Park lança seu último álbum intitulado "One More Light".
A decisão da banda de adotar um novo estilo musical em suas músicas foi recebida com desaprovação significativa e críticas tanto dos fãs quanto dos críticos.
Não importava quantas vezes acertassem no passado, quantas vezes surpreenderam os fãs com músicas brilhantes e surpreendentes.
Os seres humanos preferem delegar críticas e descontentamentos a tentar abraçar algo diferente e entender as razões por trás disso.
Enquanto os fãs estavam ocupados rejeitando o novo álbum, perderam o que Chester estava dizendo nas letras.
Mas ninguém pode me salvar agora
Estou segurando uma luz
Estou caçando minha escuridão interior
Porque ninguém pode me salvar
Estive procurando em algum lugar lá fora
O que está faltando bem aqui
Quem se importa quando o tempo de alguém se acaba?
Se um momento é tudo que somos
Ou menos, menos que isso
Quem se importa se mais uma luz se apagar?
Bem, eu me importo
E no final... A única coisa que foi capaz de manter Chester vivo, fazer música... não foi mais suficiente, simplesmente e para sempre, porque nem mesmo sua música era boa o bastante para seus fãs que o abandonaram quando ele mais precisava deles.
Dois meses após o lançamento do álbum, Chester faleceu.
Chester é um messias porque foi morto por seus próprios seguidores.
"Quando a vida nos deixa cegos, o amor nos mantém bondosos." – Chester Bennington
14.3 A Caixa de Pandora
Um Resumo Fresco sobre minhas últimas descobertas e algumas outras coisas.
Eita. Esse foi um final bem sombrio para esta edição, mas foi necessário.
Estamos aqui mais uma vez com a caixa de Pandora no final da edição, quando eu disse na edição anterior que a colocaria no início. Colocá-la aqui desta vez também foi necessário.
Eu me declaro culpado por ser aleatório e estranho às vezes.
Mas ouça, toda essa conversa acima não vem do nada.
Não sou músico, não escrevo letras ou toco instrumentos. Mas sou um ouvinte fiel de música boa e inspiradora.
Na verdade, eu estava fazendo os cálculos por trás dos meus números no Spotify ao longo dos últimos 3 anos e não acho que sou uma pessoa normal. :D
Desde 2020, ouvi um total de 6.924,72 horas de música, o que daria um total de 288,53 dias ouvindo música. Passei 25% do meu tempo nos últimos 3 anos ouvindo música. O que diabos?
Eu gostaria de estar brincando, mas o que posso dizer? Isso me ajuda a focar e me mantém inspirado.
14.4 ????
Vou deixar isso aqui só por desencargo de consciência.
Vamos chamar isso de um amuleto da sorte.
Cancelar inscrição
Eu notei que a experiência do usuário ao cancelar a inscrição pode ser um pouco confusa aqui no Substack. Eu realmente quero compartilhar minhas ideias, mas não quero incomodar se você não gosta do conteúdo. Abaixo estão algumas instruções sobre como cancelar a inscrição na newsletter.
Website
Sobre o Autor
Thiago Patriota
Nascido em 1996. Brasileiro de coração e criação. Bacharel em Publicidade e Comunicação. Adepto do autodidatismo. Alma curiosa. Autor publicado. Fundador da Agency.
Isso é um resumo sobre mim, mas você pode saber mais sobre a Agency e sobre mim na página Sobre!