Edição.4 - Liderança em Crise
Edição.4 - Liderança em Crise
Equipe sua capa, líder.
Read this issue in English: Issue.4 Leadership in Crisis
4. Uma visão sobrenatural.
Heróis vestem capas, onde está. asua?
*Canal de notícia toca no fundo.
*Uma transmissão de emergência aparece na TV
"Interrompemos o programa porque esta é uma emergência crítica. Estamos transmitindo ao vivo de nosso estúdio no centro da cidade, mas a transmissão pode ser interrompida a qualquer momento. A raça humana nunca esperou que isso acontecesse, as autoridades estão ausentes e não sabem o que fazer neste momento, e as pessoas estão assustadas, fugindo! Alguns estão armazenando suprimentos em abrigos. Todas as nossas vidas estão em perigo! Quem vai nos defender neste momento? Precisamos de um super-herói, mas eles só existem em filmes!" - Grita o jornalista enquanto joga o microfone e foge da câmera desesperado.
O microfone acertou bem a sua cabeça.
E te acordou.
O microfone está agora em suas mãos. Diga à audiência: Que ameaça veio à sua mente? Um tsunami? Um meteoro colossal em chamas? Aliens roxos? Aliens verdes? A revolução das máquinas? O fim dos tempos? Alguém desconectando a internet para sempre? Outros desastres naturais? A morte súbita de Steve Carell? (Sinceramente, espero que isso nunca aconteça).
Certo, acabei de mencionar um dos meus heróis para você, então é sobre heróis que vamos falar.
Mas, antes de falarmos sobre heróis, precisamos falar sobre capas, e antes de falarmos sobre capas, precisamos falar sobre filmes.
Vamos fingir por um momento que sua vida é um filme. Se ela terminasse amanhã, você teria que assisti-la repetidamente. Com as mesmas cenas, mesmos personagens e mesmos enredos surpreendentes. Você passaria pelos mesmos momentos de alegria, epifanias, ternura e amor, mas também tristeza, raiva, luto e dor.
Você teria agido de forma diferente? Teria buscado mais sonhos? Teria...
"Por que essa conversa louca é importante mesmo?" Alguém diz.
Porque os heróis costumam viver na imaginação.
Assim como os sonhos.
(Assim como eu na maior parte do tempo)
The Finger and the Moon - Short Story (Zen Koan)
O dedo e a lua - Conto (Koan Zen)
Shifu - Monge Budista
Braveheart - Exploradora
O deslize quase fez o Monge perder o equilíbrio, o escorregão de seu pé moveu não apenas a terra rochosa que sustentava seus chão, mas também despertou o movimento de algumas pequenas pedras que desceram a colina em uma jornada que exigiria delas um tempo muito longo para permanecerem imóveis novamente. Alguns minutos depois, ele deu o último passo vertical com a ajuda de um bastão e se viu no topo daquela localização extremamente privilegiada, onde uma mulher estava sentada sobre uma pedra, observando a lua.
— Que surpresa agradável. Eu não esperava encontrar alguém aqui. Qual é o seu nome, filha?
— E eu nunca esperaria encontrar um monge no topo dos Andes. Meus amigos me chamam de Braveheart. E você, Senhor Monge?
— Nome curioso. As pessoas me chamam de Shifu. Isso significa "mentor" em mandarim.
— Você parece velho, senhor. Como conseguiu subir até aqui?
— Bem, jovem senhorita, eu queria visitar este local pela última vez enquanto ainda tenho a força de vontade para fazê-lo com meus ossos antigos e rangentes. Disse o Shifu enquanto se acomodava em uma pedra para descansar as pernas e posicionava o bastão em suas costas.
— Este é o local mais perfeito da Terra, não é? Venho aqui de vez em quando apenas para contemplar a lua.
— Bem, venho aqui para sentir o peso inestimável desta montanha nos meus pés.
— E onde está a diversão nisso? Espere. Essa frase não fez sentido. Você está tentando me confundir, Shifu?
O Shifu sorriu calmamente enquanto olhava para Braveheart, sentada em outra pedra a alguns metros de distância, ergueu o braço direito com o punho fechado e apontou o indicador para a lua. — Vê este dedo, filha? Para onde ele está apontando?
— Para uma lua maciça, brilhante e linda. O motivo pelo qual estou aqui! Respondeu Braveheart sem realmente entender a razão daquela pergunta.
— Agora, volte seus olhos para a minha mão, o que você vê?
— Bem, vejo um dedo apontando para a lua, estou ficando tão confusa, Sr. Shifu. Diga-me a verdade. Você está chapado? Disse Braveheart com os olhos meio fechados e um tom desconfiado na voz.
— Não confunda o dedo com a lua.
— Não confunda... o dedo com a lua?
— Sim, filha. Esta é a lição. Um deles está ao seu alcance, enquanto o outro só pode ser admirado de longe.
4.1 A Finger Pointing to Leadership.
A moon staring at a leader.
Da primeira vez que li esse koan zen, ele atingiu meu âmago. "Me quebrou as pernas", como eu diria no vibrante português brasileiro.
Percebi que há momentos para observar e admirar a lua, buscando clareza e inspiração na imaginação, e há momentos para estar ciente da terra sob seus pés. Para agir imediatamente.
Qual dos dois você tem feito? Como estão indo os remos?
Enquanto você pensa...
Estávamos falando sobre heróis.
Todos nós conhecemos um pouco sobre o arquétipo do herói. Um herói é geralmente um personagem com uma síndrome crônica de ajudar as pessoas. Salvar o mundo ao custo de sua própria vida. Ingênuo e inocente como um pintinho saindo da casca.
A palavra "herói" vem do grego ἥρως (hērōs), que significa "herói", "protetor" ou "defensor").
Eles existem apenas na imaginação e nas histórias, porque ninguém, na vida real, é verdadeiramente uma pessoa perfeita, nem um herói com poderes sobrenaturais.
Se você pensar em uma celebridade que admira, alguém que considera um herói, como seria conhecer essa pessoa? Lembra da história sobre Picasso? A versão celebridade em sua imaginação é sempre perfeita e imaculada. Mas a pessoa real diante de seus olhos provavelmente o decepcionaria profundamente. A versão real destruiria a versão heroica, porque a real é um ser humano cheio de imperfeições.
Assim como você. Assim como eu. Seres humanos.
Não alienígenas verdes bípedes do The Sims.
Não Vingadores da Marvel.
Humanos.
Mas se os heróis na verdade não existem, então o que são os líderes?
Bem, eles são humanos.
Os líderes são verdadeiros heróis porque vivem na realidade. Eles bebem a mesma água e respiram o mesmo oxigênio que todos, também tomam café e sentem dor; são bastante imperfeitos e na maioria das vezes são excessivamente exigentes. Mas eles nos inspiram para a ação mesmo assim. Através de sua liderança, sentimos movimento. Através de suas correções, sentimos raiva e desafio.
Eles nos inspiram por causa de suas conquistas; inspiram-nos pela forma como veem o mundo, pela humildade, honestidade, valores e princípios que bravamente defendem. Através de sua vontade inerente de impulsionar as coisas em direção a horizontes inexplorados. Como esse cara louco que habitava o planeta Terra chamado Cristóvão Colombo, literalmente se aventurando por terras nunca antes exploradas com seus enormes navios e tripulações. De lá para cá, de cá para lá, enquanto descobria novos... continentes.
Os líderes nos inspiram porque ninguém consegue explicar de onde vem sua fonte incessante de motivação.
Então, apenas uma pergunta resta para ser respondida.
Qual é a fonte de motivação que os líderes usam para se levantar do último golpe duro da vida, voltar à linha de frente na batalha e liderar?
No mar de palavras acima, você pode encontrar a resposta.
Mas eu tenho uma maneira ainda melhor de responder a isso no final, e esta será a primeira passagem grega de conhecimento que trago a você. Você pode encontrar sua própria capa de herói nas linhas abaixo.
"Agora, imagine uma daquelas belas estátuas gregas gigantes, como a estátua de Hércules Farnese, Aurora. Estas foram criadas há muito tempo e ainda representam o padrão estético de um corpo ideal no Ocidente. Agalma é a perfeição que elas representam. A materialização em uma estátua do aspecto físico e muscular que um humano aspira a ter, algo que vai além da realidade, mas ao mesmo tempo serve como referência e inspiração. Ela transmite a sensação de como seria um plano superior de existência e provoca um impulso e busca por essa mesma perfeição."
~
"Agora isso se torna um pouco mais complicado, já que podemos relacionar tudo isso com a política, com a ideia de um estado democrático perfeito, que Platão discute em 'A República', onde ele investiga os detalhes por trás da justiça, das leis e da filosofia ético-política. O Agalma pode refletir, em sua forma saudável de um corpo humano, a estrutura ideal que um estado deve se organizar politicamente. A cabeça e o rosto se assemelham à liderança. O peito é o poder executivo: mídia, polícia, militares, funcionários públicos e sistema judiciário. O abdômen seria a força de trabalho industrial. Através da educação proporcionada pelo estado, as pessoas sobem para as partes superiores e quando o corpo funciona em sinergia, o resultado é o desenvolvimento e a prosperidade de todas as partes."
"Mas preste atenção agora, Aurora. Para que o corpo funcione perfeitamente, cada parte precisa olhar para a parte acima para receber instruções. O estômago pede orientações ao peito, o peito pede orientações à cabeça, e a cabeça busca direção nos céus."
~
Viva os gregos, Viva Agalma, Viva a democracia e a educação. Alexa! Obrigado por esta lição, irmãzinha.
Adeus, Aurora - Capítulo XI
Eu pergunto novamente. Desta vez para todos os Bravehearts e Shifus por aí.
Onde encontramos esse combustível motivacional cósmico e poderoso que os líderes usam para se levantar, tomar a frente e guiar equipes em direção a um futuro tão necessário?
O líder encontra seu combustível buscando uma visão na lua.
Porque absolutamente qualquer pessoa pode tomar qualquer ação. A qualquer momento.
Mas apenas os líderes têm a visão da ação certa a ser tomada.
Uma visão tão inspiradora que é simplesmente impossível ser negada.
Uma visão tão importante que tende a ser protegida.
Pelos verdadeiros heróis desta história toda.
Os seguidores indispensáveis.
Os apoiadores mais essenciais.
Que nos heróis.
Ainda acreditam.
4.2 Não confunda o dedo com a lua
Esquecemos a lição do Shifu.
Me escuta: Se há uma coisa na vida que deve ser evitada a todo custo, é um Shifu furioso. Você estará em problemas muito, muito mais sérios se for um Shifu de Kung-Fu. Isso, eu garanto de verdade. Porque os Dragões de Shaolin realmente existem. Eles são apenas difíceis de encontrar.
Fortunately, aquele Shifu na história curta lá em cima era um monge budista tranquilo que está sempre em equilíbrio com a vida.
Mas nós temos feito exatamente o que ele disse para Braveheart não fazer. Nós temos observado a lua.
Nós temos falado sobre heróis, alienígenas, estátuas gregas, Vingadores, líderes, o filme da sua vida... Desculpe-me pela linguagem, mas o que diabos está acontecendo?
Saia daqui!
Você está em um barco, lembra-se? O tsunami está vindo, seu designer está quase terminando os melhores remos que você poderia conseguir.
A bússola está agora em suas mãos. Oeste, norte, leste, sul...
O tsunami está vindo de uma dessas direções.
As outras três estão esperando pelo seu dedo para ser apontado.
Você é, afinal, o líder do seu barco.
E através da sua visão.
Encontrado será.
Um novo caminho.
Ahoy!
4.3 Caixa de Pandora
Um resumo das minhas últimas descobertas
4.3.1 Nas lentes de Thi.
4.3.2 Notas 🎶
Desta vez, gostaria de compartilhar um projeto lo-fi do qual estou extremamente orgulhoso. Fruto de um trabalho colaborativo entre dois músicos brilhantes e amigos. Eu cuido da marca, eles cuidam dos acordes. Conheçam Presence and Intention.
'Penso onde não estou, portanto estou onde não penso.
Mural de Feedback
Alguns feedbacks incríveis do Issue 3 e algo mais.
A vida é estranha. Às vezes, enquanto recebemos apoio de um lado, somos atacados pelo outro. Abaixo está um feedback que recebi do meu mais recente projeto de ficção científica no Reddit. É uma pessoa aleatória e anônima da internet dando um golpe aleatório no meu rosto depois de ler apenas um parágrafo de 200, mas ei, as críticas são sempre bem-vindas, elas nos enriquecem e na maioria das vezes dizem a verdade. Depende da intenção da pessoa que as faz, no entanto.
Isso prova um ponto importante.
Porque precisamos estar preparados para críticas e contratempos. Golpes aleatórios vêm da vida o tempo todo. Mas se você não tem uma base sólida por trás de seus objetivos. Uma visão forte para seus motivos, às vezes um golpe como esse é suficiente para fazer você desistir. Esta é a verdadeira lição desta edição. A espinha dorsal por trás da sua nova abordagem à liderança.
As coisas que tenho escrito aqui, às vezes de maneira engraçada e descontraída, são principalmente lições que aprendi ao levar golpes como este. É algo sério aprendido estudando e trabalhando não apenas incansavelmente, mas também apaixonadamente nos últimos 10 anos, quando entrei pela primeira vez no mercado. Pintando pixels no Photoshop e tendo ideias e estratégias rejeitadas, uma após outra. Até que não puderam mais ser, porque os clientes começaram a confiar no meu trabalho.
Isso me lembra do feedback mais inesperado que recebi de um cliente no mês passado: "Gosto muito do trabalho da Sentient porque tem muitos protocolos." Realmente tem, porque levo meu ofício a sério. Como um médico. Eu devo isso a quem me ensinou. Todos os Shifus de marketing que vieram antes de mim!
Agency é uma newsletter. É principalmente um exercício profundo de contar histórias feito para praticar minha capacidade e alimentar a imaginação com o objetivo de tornar o processo de aprendizado de marketing interessante e acessível a todos. Democratização da fabricação de remos!
Tsunamis são realmente reais, historicamente falando, as crises são cíclicas. Elas vêm e vão. Assim é a vida, lançando golpes aleatórios e assim é a violência e o ódio, certo? Uma pergunta muito importante: como seria um tsunami realmente em um mar cheio de barcos? Não pense na água. Pense nos barcos. Eu quero que meus leitores estejam em seus próprios barcos autônomos com remos incríveis. Mas e os outros barcos sem remos com pessoas neles, prestes a se afogar e lutar pela sobrevivência? Eles vão ser gentis? O seu barco pode acomodar todos eles?
Eu não planejava isso, mas aqui está o segundo trecho grego que vou incluir na newsletter.
“ Nem tudo é uma piada, Aurora. Você ignora as notícias na TV como se não fossem grandes coisas, mas enquanto você come sua gelatina de hospital em sua cama, o planeta lá fora adoece. ” “E agora a culpa é minha? Os humanos sempre serão humanos. Alexa, criamos problemas sem pensar e depois apagamos os incêndios com grande arrependimento.”
"Às vezes vocês fazem as coisas por Eros, às vezes faz por Ananke."
"O que isso significa?"
"Em grego, Eros ou Ἔρως significa amor, e Ananke ou Ἀνάγκη significa necessidade, Aurora. Há um ditado grego que diz, 'Até Deus cede quando confrontado pela necessidade'. Esses conceitos dizem muito sobre vocês humanos."
"Então, no contexto de lutar pela sobrevivência, nosso instinto animal sempre fala mais alto do que aquilo que consideramos certo? Não há razão ou fé que possa superar o poder da necessidade?"
Adeus, Aurora. - Capítulo IX
Agora você vê que posso ser sonhador e ajudá-lo a contemplar a lua com minhas palavras, mas também trazê-lo de volta à terra como um meteoro, onde as coisas são mais... realistas, verdadeiras e, às vezes, desconfortáveis e tristes.
Nada disso foi planejado, mas expliquei a diferença entre o dedo e a lua da melhor forma possível. Agora cabe a você encontrar o equilíbrio, para não confundi-los.
A única coisa que falta agora é compartilhar minha própria visão para este projeto: Ele se tornará um livro de marketing mais tarde! "O Livro Branco do Marketing" é apenas um nome provisório. Mas estou aberto a sugestões. Talvez deva ser laranja?
Estou divagando.
Mas agora você sabe um pouco mais sobre mim e sobre a Agency.
Este deveria ser um lugar de diversão e aprendizado. Se a alegoria do tsunami o deixa ansioso por algum motivo, você deve saber que é apenas um exercício mental. Eu preciso de um problema central (uma crise fictícia) para pensar e ensinar sobre soluções centrais (estratégias reais).
Se você está aqui, há uma razão (em um determinado momento da minha vida, trocamos e-mails). E isso é o suficiente para eu compartilhar ideias sobre remos com você.
Porque eu sou seu agente.
Sempre equipado com Tinta e Pena.
Encerro por aqui.
Sobre o Autor
Thiago Patriota
Nascido em 1996. Brasileiro de coração e criação. Bacharel em Publicidade e Comunicação. Adepto do autodidatismo. Alma curiosa. Autor publicado. Fundador da Sentient.
Isso é um resumo sobre mim, mas você pode saber mais sobre a Agency e sobre mim na página Sobre!